“A Década da Educomunicação” – III Encontro Brasileiro de Educomunicação

por Isabela Rosa

“A Década da Educomunicação” foi o tema do primeiro painel de discussão do III Encontro Brasileiro de Educomunicação. Mediada pela Profa. Dra. Roseli Fígaro, a mesa apresentou ao público presente, a trajetória e o atual panorama das práticas educomunicativas no país, em diferentes setores da sociedade.

A educomunicacao em diversos espacos

A mesa contou com a presença de profissionais que trabalham e acompanham as ações educomunicativas nos mais variados espaços de atuação: Ongs, setores públicos e privados. Diferentes projetos e processos, mas ligados por uma mesma proposta:

Protagonismo infanto juvenil

Carlos Lima, é coordenador do Nas Ondas do Rádio, projeto realizado na rede de ensino municipal de São Paulo. Uma proposta iniciada em 2001, a Educom. Radio virou politica publica e hoje se transformou num programa da secretaria municipal de educacao. Aderido por mais de 300 escolas, o programa acredita no uso das tecnologias para propiciar o protagonismo dos jovens, alem de ser uma ferramenta para a democratizacao da infomacao. O programa tambem oferece aos professores da rede, formacoes com praticas educomunicativas para serem aplicadas na sala de aula. Dentre os 9 projetos realizos, o de maior destaque e o Jovem Imprensa, onde adolescentes produzem noticias atraves de coberturas jornalisticas.

Educomunicacao é escuta

O jornalista e educador Alexandre Sayad, trabalha com a educomunicacao há dez anos em escolas publicas e privadas de são paulo. Para ele, a educomunicacao se define com uma única palavra: escuta. Um processo de diálogo entre aluno e professor, que precisa ser compreendido.
Alem de trazer a discussao sobre a necessida de praticas educomunicativas nas escolas publicas, Sayad tambem apresenta ao publico a Rede CEP, Rede de experiência em Comunicação, educaçao e participação, onde tambem é atuante. O objetivo do trabalho em rede e promover e disseminar as metodologias das organizações para influenciar politicas publicas que sejam dirigidas para os jovens.

“a gente não dá voz aos jovens, a gente cria espaço para eles falarem”
Lilian Romão é jornalista e diretora executiva da Viração Educomunicação, organização de educação, comunicação e mobilização social de adolescentes e educadores. Para a ONG, a comunicação é entendida como um direito humano. Entre suas acoes de educomunicacao, a que se destaque e tem maior visibilidade é a revista viracao, feita de forma totalmente colaborativa. Mais de 300 ‘vira-jovens’ espalhados por 22 estados, participam nas escolhas das pautas, nas entrevistas, edicao e diagramacao de conteudo. O projeto é feito para e com os jovens, valorizando o processo participativo deles. “a gente não dá voz aos jovens, pois eles já tem; a gente cria espaço para eles falarem”, dia Lilian.

A educomunicação poderá se transformar no quarto poder

Paulo Nassar, jornalista, diretor-executivo da ABERJE – Associação Brasileira de Comunicação Empresarial, mostra a necessidade da comunicação nas empresas. Para ele, processos comunicacionais são complexos e precisam de diálogo, por isso a educomuniccao é necessaria
tambem nas empresas, que precisam se educar para ampliar a visao de mundo. Nassar também Defende um novo perfil de profissional, aquele que possa atuar como gestor da comunicacao. Os meios de comunicação por sua vez, tem que ser transformativos, e não mais apenas informativos. Para finalizar, um palpite: A educomuncao podera se transformar no quarto poder.

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